Programação Matematica
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Frederico Guth: A concorrência mundial é implacável e a necessidade de cortar custos é maior
Eduardo Monteiro
| 20.04.2006
Por João Paulo Gomes
EXAME
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Caçadores de custos
Com programas sofisticados de modelagem matemática, os cariocas da Gapso vendem economia de despesas para grandes clientes
Todos os dias, 46 helicópteros transportam 1 500 técnicos e engenheiros entre as 65 plataformas e embarcações da Petrobras espalhadas na bacia de Campos, no Rio de Janeiro. O vaivém transformou-se numa equação complicada nas telas dos computadores da Gapso, empresa carioca especializada em modelagem matemática para gerar ganhos de produtividade. O programa criado pela Gapso define trajetos que permitem levar a maior quantidade de gente com o menor número de traslados possível. Desde janeiro, houve redução de
14% nas horas voadas, o que deve gerar uma economia de 24 milhões de dólares para a Petrobras até o fim do ano. Vendendo economias como essa, a Gapso conquistou clientes entre algumas das maiores empresas do Brasil, como as operadoras de logística ALL e Vale do Rio
Doce, e vem dobrando de tamanho a cada ano.
A história da Gapso mostra que é possível, sim, cruzar a ponte entre o conhecimento acadêmico e o empreendedorismo. Em 2001, o matemático Oscar Cohen, de 47 anos, então professor do curso de engenharia da PUC do Rio de Janeiro, percebeu que cedo ou tarde aumentaria o interesse das empresas brasileiras pela competitividade que a matemática pode proporcionar. "A concorrência mundial é im placável e a necessidade de cortar custos é cada vez maior", diz o engenheiro
Frederico Guth, sócio da Gapso.
Ao fundar a empresa, Cohen deu vida a um conceito muitas vezes esquecido pelos próprios profissionais de exatas -- o de que a matemática, longe de ser um conjunto de