Programa de qualidade da carne
As carnes, de um modo geral no Brasil, ainda não têm a “garantia da segurança” para consumo humano. Basicamente, o controle da qualidade é baseado na inspeção visual dos animais no momento do abate e das carcaças. A concentração de esforços no controle da qualidade da matéria-prima (recria e engorda) e do processo torna a segurança do produto mais confiável. Bem como, a manutenção da cadeia do frio junto aos distribuidores e pontos de venda é imprescindível para a manutenção da qualidade do produto. A carne pode ser contaminada por perigos biológicos, físicos e químicos durante toda a cadeia produtiva, até chegar à mesa do consumidor. Tais contaminações, além de provocar alterações nutricionais e das características sensoriais (cor, odor, sabor e textura), colocam em risco a saúde do consumidor causando doenças crônicas e degenerativas. Deve ser dada atenção a todas as etapas da cadeia de produção: matéria-prima (cria, recria e engorda), processamento industrial (abate) e distribuição. Necessariamente, é a adoção de práticas que evitem a contaminação dos animais, das carcaças e da carne através da adoção das Boas Práticas e a APPCC – Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle. Estes instrumentos são exigências legais. As atividades de inspeção (ante-mortem e postmortem) contribuem para a verificação das boas práticas e APPCC. Outro tema a ser considerado e que refletem na qualidade da carne é a adoção de práticas que conferem o bem-estar animal. A qualidade da carne só pode ser assegurada através de um programa de Gestão da Qualidade que coordene as diversas etapas do processo produtivo da carne, envolvendo seus diversos agentes, desde o produtor rural até o consumidor. Os desafios são muitos, principalmente considerando o esforço necessário para se atingir metas importantes. Gerenciar a qualidade significa, sobretudo, focar metas e objetivos para a qualidade e, a partir destes pontos, planejar e realizar as ações com o