Programa 5 S
COMO FERRAMENTA PARA O MONITORAMENTO DO
MANANCIAL DE ALAGADOS, EM PONTA GROSSA, PR
M.F.P.G. Moraes (ibarbola@yahoo.com.br); T.M. Anazawa; I.F. Barbola; E.A.Nascimento; E.R.
Sepka; C.A. Lopes Costa
Universidade Estadual de Ponta Grossa Av. Carlos Cavalcanti, 4748 - CEP 84030-900 - Ponta Grossa - PR
INTRODUÇÃO
Nas últimas décadas, os ecossistemas aquáticos têm sido alterados de maneira rápida e significativa devido a múltiplos impactos ambientais advindos de atividades antrópicas, tais como lançamento de efluentes domésticos e industriais não tratados, mineração, construção de barragens e represas, desvio do curso natural de rios, desmatamento e uso inadequado do solo nas áreas marginais e nas planícies de inundação, introdução de espécies exóticas, entre outros. Como conseqüência destas atividades, tem-se observado uma expressiva queda da qualidade da água e perda da biodiversidade aquática, decorrente da desestruturação do ambiente abiótico e alteração da dinâmica natural de comunidades biológicas (Goulart e Callisto 2003).
As comunidades biológicas refletem melhor a integridade ecológica total dos ecossistemas
(integridade física, química e biológica), por responder mais rapidamente às modificações do ambiente através de mudanças na composição das espécies e queda da diversidade (Barbour et al.
1999). Deste modo, o monitoramento biológico constitui-se como uma ferramenta importante na avaliação das respostas das comunidades a modificações nas condições ambientais originais.
Os organismos mais comumente utilizados na avaliação de impactos ambientais em ecossistemas aquáticos são os macroinvertebrados bentônicos, peixes e comunidade perifítica. Dentre estes, as comunidades de insetos têm sido freqüentemente utilizadas porque: 1) apresentam ciclos de vida relativamente curtos e irão refletir mais rapidamente as modificações do meio através de mudanças na estrutura das populações;