profuncionario

Estudei na Escola Estadual Papa João Paulo II, desde a primeira série até o segundo ano do ensino médio, não terminei, pois trabalhava fora o dia inteiro e estudava à noite, estava muito puxado parei no segundo ano. Neste intervalo, me casei, depois de um ano e meio me separei, grávida de sete meses. Com um filho para criar fui trabalhar de doméstica, até que arrumei um emprego em um supermercado, depois de seis anos, passei para outro supermercado e com isso se passaram dez anos. Já estava cansada daquele serviço e não via outra coisa melhor para fazer, até que resolvi voltar para escola, pois sabia que se não voltasse não teria condições de melhorar de situação. Nesse intervalo tinha me casado outra vez e estava com outro bebê. Em 2008, conversei com meu marido, disse a ele que queria voltar a estudar e ele me deu a maior força, no outro dia fiz minha matrícula e já comecei, depois de treze anos fora da escola. Não foi nada fácil, trabalhava o dia inteiro no supermercado, pagava um babá para cuidar do meu filho, saia do supermercado faltando dez minutos para às sete horas, sem tomar banho e sem jantar, só com o almoço. No dia seguinte tudo de novo, não tinha empregada, os afazeres da casa era tudo para mim, não tinha condições de pagar alguém para fazer, no mês de outubro fui dispensada do serviço, fiquei recebendo o seguro desemprego. Em 2009, saiu um teste seletivo pela prefeitura, fiz, quando saiu o resultado fiquei muito feliz, tinha passado em primeiro lugar para a educação. No ano seguinte, fiz outro teste seletivo, passei outra vez. Em 2011, teve o concurso público, novamente passei em primeiro lugar, até então, a expectativa era de passar no concurso, depois fazer o profuncionário, pois quando comecei a trabalhar na escola, já tinha começado uma turma, que se formou em dezembro de 2010. Ficamos dois anos anciosos para começar essa nova turma e hoje estamos aqui realizando mais um sonho e com certeza em 2014 estaremos realizando outro, que é o