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Bigode: Protocolo específico ajuda a salvar vítimas de acidentes de trânsito
Texto: Com o aumento do fluxo de veículos nas estradas do Brasil e o consumo do álcool, no feriado do carnaval, cresce também o atendimento de urgência a vítimas de acidentes de trânsito. Nesses casos, o tempo é primordial para aumentar as chances de sobrevivência. De acordo com dados do Comitê de Trauma do Colégio Americano de Cirurgiões, 50% das vítimas de traumatismos morrem no local do acidente, sendo que 30% falecem minutos ou horas depois e 20%, semanas após.
Os outros 50% dependem de atendimento médico inicial e tratamento ágil. Segundo Marcelo Girundi, médico coordenador da equipe Trauma One do Mater Dei, formada por especialistas em atendimento a politraumatismos, a primeira hora após a ocorrência do trauma é considerada a “hora de ouro” porque é o tempo máximo, ideal, para começar a tratar o paciente. As principais lesões causadas por politraumatismos graves são trauma no crânio e encéfalo, no tronco envolvendo os órgãos pulmões, coração, vasos da base, diafragma, fígado, baço, pâncreas e intestinos, fratura de membros, bacia e coluna.
No Mater Dei, esses casos são atendidos de acordo com o protocolo ATLS, sigla que significa Suporte Avançado de Vida no Trauma, procedimento adotado para salvar vítimas de trauma grave. Segundo Marcelo Girundi, a vítima de trauma deve ser atendida, de preferência, por equipe de resgate, ainda no local do acidente. Após a chegada dos profissionais de saúde qualquer sangramento visível é estancado e a pessoa imobilizada em prancha longa, observando-se os cuidados com a coluna cervical.
Assim que a maca é colocada dentro do transporte de urgência, o paciente é transportado para o hospital. “É de suma importância que o hospital escolhido seja capaz de atender casos complexos para não perder tempo com transferências posteriores”, ressalta o cirurgião geral. No hospital, o paciente é assistido