Profissão professor: ponto de relexão.
Para os Educadores que assistiram na tarde do dia 31 de agosto de 2010, o "Jornal Hoje", programação da Rede Globo, certamente ficou frustrado ou mesmo triste ao ver e ouvir, explicitamente, o depoimento da Delegada que investiga o caso da Pedagoga acusada de planejar o assassinato do marido, odontólogo e também professor da Universidade Federal de Pernambuco.
Durante seu depoimento, ao referir-se à acusada, a delegada reforçou como argumento para o crime, a profissão desta, esbanjando a seguinte afirmação: "ela era uma pessoa que não ganhava quase nada, é uma professora, ganhava R$600,00... R$800,00 por mês...", destacando assim, a idéia de que a pensão do marido mudaria a vida da acusada, já que sua profissão não tem valor algum.
Infelizmente, a naturalidade com que a Delegada, Sylvana Léllis, se referiu à classe de educadores do Brasil, em Rede Nacional, apenas revela a desvalorização que a profissão tem perante a sociedade. Certamente, as palavras daquela senhora passaram despercebidas para muitos brasileiros, pois parece simplesmente “óbvio” o comentário de que o professor no Brasil ganha “quase nada”. Todavia, para aqueles que fazem parte da classe, aquelas palavras não soaram menos que “dolorosas, ofensivas”, por ser objeto de exemplo tão fugaz. Triste realidade presente no cotidiano daqueles que optaram pela profissão, mas que nem mesmo por isso, passam a exercê-la com desamor.
Todavia, as palavras da delegada (apesar de não cuidadosas) devem ser ponto de reflexão por parte do Poder Público, com relação à valorização e importância que está sendo destinada aos profissionais que optaram pela carreira do magistério, professores os quais, carregam os sonhos de todos aqueles que acreditam na educação e exercem com responsabilidade o dever de educar. É comum ouvir frases como: "O futuro do Brasil é a