Profissionais, estruturas e seus relacionamentos profissionais
Nas décadas de 60, 70 e 80, dois tipos de profissionais estavam envolvidos na tarefa de mecanizar as atividades que uma empresa executava. Um desses profissionais era o Analista de O&M, o outro era o Analista de Sistemas. A convivência de ambos não era tarefa das mais fáceis e muitas vezes uma simples discussão sobre determinada idéia causava desentendimentos que não raro podiam chegar a sérios distúrbios. Embora os dois profissionais trabalhassem sob a mesma gerência, era comum estabelecer-se um clima de antagonismo entre ambas as categorias. O analista de O&M achava que o outro só se preocupava em mecanizar todo e qualquer fluxo de informação e não se importava com o fluxo propriamente dito. O analista de sistemas dizia, por sua vez, que o analista de O&M só sabia fazer formulários e mudar as mesas de determinado setor de lugar.
Penso que o pessoal de sistemas tinha muito mais razão naquilo que pensava do profissional de Organização & Métodos do que as idéias desses sobre o pessoal de sistemas. Isso, porém, não vem ao caso agora.
ANALISTA DE O&M
Jamais vi ou ouvi algum analista de O&M preocupar-se com um processo em si mesmo, no que neste ponto pelo menos o analista de sistema tinha toda a razão. A visão do analista de Organização & Métodos era muito estreita, ou, em outras palavras, O&M como conheci tinha uma preocupação muito compartimentada, muito estanque, o que limitava a abrangência da solução adotada. O analista de O&M era, geralmente, pessoa sem muita formação teórica em organização, métodos, tempos etc. (matérias que eram dadas nos cursos de administração de empresas) recrutada dentro da própria organização. O fato de os analistas de O&M serem recrutados internamente não era em si um problema, pois os analistas de sistemas não raro também vinham da organização, pelo menos nos primórdios dessa profissão. Entretanto, o que diferenciava uns dos outros do ponto de recrutamento era a formação