PROFISSIONAIS DE SAÚDE FRENTE AO ABORTO LEGAL NO BRASIL: DESAFIOS, CONFLITOS E SIGNIFICADOS
O presente trabalho discutiu um tema polêmico e divide opiniões em todas as esferas, mas na área da enfermagem e medicina o embaraço é maior porque cada um tem seu ponto de vista e as divergências de idéias acabam se cruzando e causando certo desconforto com aqueles que têm como trabalho a saúde e a vida do ser humano. Porém a legislação e os entendimentos jurídicos apresentam seguimentos que merecem ser explorados e discutidos com a sociedade, pois muitos profissionais apresentam resistência em aderir à causa do abortamento, mesmo ele sendo legalizado. O conselho Federal de Medicina, já expôs seu ponto de vista e mostra-se totalmente a favor do aborto dentro da legalidade até o 3º mês de gravidez, principalmente em casos de estrupos, fetos anencefálicos e risco de vida. Esse tipo de decisão confronta com o estado que necessita oferecer toda a assistência necessária nos casos de abortamentos autorizados pela justiça e com a parte interessada que reivindica a interrupção da gravidez. Observa-se que é preciso oferecer um tratamento adequado a essas mulheres, que por uma razão passa por tal decisão sem nenhum apoio psicológico e médico, pois toda equipe recebe pouco preparo para lidar com as circunstâncias que envolvem o abortamento. A mudança no Código Penal não deixará de tratar o aborto como crime, mas servirá de apoio as situações previstas no projeto que não configurará em crime, já abortos realizados fora deste intento, deverão ser computados como crime contra a vida. Sabemos que para chegar à aprovação, muito foi discutido, é coube uma ponderação nos aspectos éticos, bioéticos, epidemiológicos, jurídicos e sociais. Houve também a colaboração de grupos religiosos que expuseram seu ponto de vista. O aborto previsto em lei encontra inúmeras dificuldades, uma delas está na assistência as vitimas da violência sexual, sendo assim grandes mudanças irão surgir para