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PROGRAMA
LUGARES DA MEMÓRIA
CATEDRAL E PRAÇA DA SÉ
No centro da Capital de São Paulo, desde o início do século XX, tornou -se polo aglutinador de manifestações de massa, que encontraram ali espaço de reunião e protesto. Ao assumir a Arquidiocese em 1970, D. Paulo Evaristo
Arns transformou a Catedral em tribuna de denúncia dos crimes cometidos pela ditadura. Ao mesmo tempo, multidões passaram a se reunir na praça reivindicando anistia, melhores condições de vida e eleições diretas para presidente. As cidades podem ser compreendidas como um corpo que comporta sua própria historicidade. Ruas, praças, prédios são o resultado de uma construção coletiva em que o passado e o presente dialogam no sentido de preservar determinadas imagens e mensagens em detrimento de outras. Recuperando a história do marco zero de São Paulo temos que primeira versão da igreja, que se tornaria uma importante Catedral, juntamente com seu entorno para as lutas políticas, data de 1591. O cacique
Tibiriçái escolheu o terreno para a modesta construção em taipa de pilão, somente no ano de
1745 que a igreja da Sé foi eleva a categoria de catedral quando do início da construção do novo edifício. Em 1911 a Catedral é novamente demolida para o alargamento da praça ficando sob a responsabilidade de Maximilian Emil Hehl o projeto arquitetônico, inspirado no estilo neogótico das catedrais medievais europeias. A inauguração oficial se deu somente em
1954 quando das comemorações do IV centenárioii de São Paulo, contudo ainda faltava concluir suas torres, que foram finalizadas em 1967. Nesse sentido, tais projetos associam-se a manutenção de uma memória selecionada com vistas a construção de uma identidade. A imponência da Catedral e seus arredores fomentam um discurso programático, do passado, presente e futuro grandioso da cidade,
Praça da Sé em 1880. A antiga catedral se localiza a direita.
Foto: Marc Ferrez
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