Professor
De 1730 a 1770, o rococó amadurece com o surgimento de outros artistas que remodelam as casas da nobreza e da alta burguesia francesa. Nessa fase podemos destacar os trabalhos de Jacques de Lajoue II (1687 - 1761), Juste Aurèle Meissonnier (1695 - 1750) e Nicolas Pineau (1684 - 1754). Esse último artista se destaca pelo projeto de decoração do Hôtel Soubise, marcado por quadros, linhas, guirlandas, curvas e espelhos que tomam o olhar do observador em meio a tantos detalhes.
A relação do rococó com a burguesia também pode ser vista em boa parte dos quadros que definem esse tipo de arte. Ao contrário da forte religiosidade barroca, a pintura desse estilo valoriza a representação de ambientes luxuosos, parques, jardins e temáticas de cunho mundano. As personagens populares perdem espaço para a representação dos membros da aristocracia. A jovialidade e a edificação do prazer, o tédio e a melancolia são os estados emocionais que geralmente contextualizam os quadros do rococó.
A disseminação do rococó pela Europa foi responsável por variações que fugiram da tendência aristocrática que predominou neste estilo. Ao alcançar países como Portugal e Espanha, o rococó penetra a esfera religiosa. No que diz respeito à arquitetura, esse estilo não teve tanta predominância na França, mas vivenciou manifestações mais intensas na Baviera e em Portugal. No Brasil, o rococó teve sua presença no mobiliário do século XVIII e foi corriqueiramente chamado de “estilo Dom João V”.
Luís XIV para introduzir o uso de linhas soltas e curvas flexíveis. Nessa época podemos destacar os relevos e gravuras do artista Jean Beráin, os quadros de Jean-Antoine Watteau (1684 - 1721) e os projetos decorativos de Pierre Lepautre (1660 - 1744).
De 1730