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Resumo: O presente artigo envolve a discussão do que se entende sobre a alma e o corpo. A partir da obra de Descartes, o Discurso do Método, pretende-se debater como se dá a semelhança e a diferença entre o corpo e a alma. De início, será exposto o que se entende por corpo e como ele é organizado. Em seguida, será exposto o que se entende por alma e também como é a sua organização. E, por fim, será analisado se é possível haver uma relação entre o corpo e a alma respeitando as suas diferenças.
Introdução
No Período Clássico da Filosofia, já se discutia sobre a relação entre a alma e o corpo. Platão via no corpo a fonte do mal, pois através dele o homem era impedido de elevar o seu conhecimento devido às pulsões amorosas. E a alma era vista como princípio de movimento para o conhecimento das coisas verdadeiras que se encontram no Mundo das Ideias. De tal modo que, ela sempre existiu antes de “cair” no corpo, o seu cárcere. Para Aristóteles, a alma e o corpo coincidem de tal modo que um não sobrevive sem o outro. Assim, formam uma unidade substancial na qual a alma é ato perfeito do corpo. Na modernidade, vários filósofos também discutiram sobre o corpo e a alma dentre eles Descartes o qual será tomado como base deste estudo. Tendo em vista a importância do tema proposto durante toda a história da filosofia, as análises deste trabalho será decorrente das leituras de uma das obras fundamentais do autor que é Discurso do Método. O Objetivo é analisar o que este autor entende sobre alma e corpo. Algumas questões podem ser levantadas: Como Descartes entende o funcionamento do corpo? Como ele entende a alma? É possível haver uma relação entre eles? Estes pontos serão discutidos ao longo deste trabalho.
1 A natureza do corpo
Ao analisar a natureza do corpo, Descartes não o considerava tão positivamente. O corpo por si só não teria condições alguma para verificar, por meio dos órgãos