Professor
“Não há lugar mais seguro que um grupo de pessoas que pensa igual. Seja qual pensamento for farei dele o meu.”
Devaneios de Adolescente.
Dias atrás assisti uma história no mínimo inusitada, no final de uma Reunião de Juvenis dei carona para uma mãe e duas meninas, uma adolescente de uns 12 anos e uma juvenil de uns 8 anos de idade. A mãe e as duas meninas se acomodaram no banco de trás e partimos em direção a casa delas, a viagem seria curta, no entanto, mal arranquei com o carro a mais nova interrompeu o silêncio levantando uma garrafa de refrigerante que estava no assoalho do carro e disse: - Eca! Tio você bebe isso!
A Mãe sem graça tomou a garrafa da mão da pequenina, ralhou com ela sem graça, se desculpou e colocou a garrafa no chão.
Tentando quebrar o gelo olhei com um sorriso para trás e perguntei a ela: - Você já tomou?
A Garota correu olho à mãe e depois de seu aval, ela respondeu: - Tomei e achei horrível, não sei como pode tomar isto tio, eca!
Olhei-a pelo retrovisor e concordei com ela que realmente era muito ruim, e que nunca mais deixaria ninguém beber aquele horror novamente dentro do meu carro.
Rapidamente chegamos ao destino e após colocar as duas meninas escada acima a mãe voltou até a janela do motorista, agradeceu a carona, e se desculpou pelas palavras da garota, justificando em seguida o comportamento da filha. Contou que algum tempo atrás as meninas tinham despertado interesse em tomar o dito refrigerante, e ela com intuito de coibir este ímpeto nas garotas comprou um litro do refrigerante, tirou o gelo, o gás e depois misturou com água, e só então deu as meninas que com toda razão acharam um horror.
Fui embora pensando naquela mãe, e em como temos agido enquanto professores como ela, pensei também naquelas meninas, e quando por um destes acasos da vida, alguém as convencer a experimentar o refrigerante,