professor
Anais do II Seminário de Pesquisa do NUPEPE
Uberlândia/MG
p.454-464
21 e 22 de maio 2010
ENSINO DE ARTE, CULTURAS E COTIDIANO ESCOLAR:
Reflexões teóricas e práticas sobre as relações étnico-raciais dentro da sala de aula.
Teresa Cristina Melo da Silveira
Secretaria Municipal de Educação de Uberlândia
Núcleo de Pesquisa em Ensino de Arte – NUPEA/UFU
O silêncio da escola sobre as dinâmicas das relações raciais não consegue apagar as diferenças existentes dentro da sala de aula, nem permitir a possibilidade do respeito mútuo e do diálogo aberto entre os sujeitos, sem que haja medo ou preconceito. As orientações e ações para a educação das relações étnico-raciais, elaboradas pelo
Ministério da Educação, alerta os profissionais da educação para a necessidade de se discutir a pretensa superioridade branca envolvendo o cotidiano escolar em práticas prejudiciais ao grupo negro. Assim, torna-se imprescindível a promoção do reconhecimento e do respeito às diferenças, do diálogo franco e sem receios, permitindo a construção de vivências sociais de modo crítico e questionando a divisão e a hierarquização raciais.
A partir desta constatação, integrando teoria e prática, realizei uma pesquisa pela efetivação de um projeto de ensino de Artes que desenvolvi em 2008 e 2009 com turmas de 3ª série do Ensino Fundamental, na E. M. Professor Oswaldo Vieira
Gonçalves, em Uberlândia-MG. A elaboração e execução do referido projeto deram-se principalmente a partir de meus estudos no Programa de Formação continuada para docentes do Ensino Básico, oferecido pela Pró-reitoria de Extensão, Culturas e Assuntos
Estudantis – PROEX, da Universidade Federal de Uberlândia – UFU, no qual por três anos participei do Eixo 2 sobre Gênero, Raça e Etnia, o que proporcionou-me a descoberta e o aprofundamento de saberes ligados à História e Cultura Africanas e
Afro-brasileiras. Foi tomando consciência da necessidade de valorizar, dentro da escola, o papel dos