Professor
Moldando mentes jovens
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Tom Chatfield
Um expositor joga máquina de pinball movida por impulsos cerebrais na Cebit, 2010, em Hannover, Alemanha. O sistema foi desenvolvido pelo Berlin Brain Computer Interface
Um cérebro alfabetizado é diferente, estruturalmente, de um cérebro analfabeto. É quase impossível acompanhar como essas diferenças surgem durante a infância, quando o cérebro está mudando por inúmeras razões. Mas experimentos comparando os cérebros de adultos alfabetizados e analfabetos mostraram que existe uma ligação com o tamanho do giro angular, uma área do cérebro associada com a linguagem, assim como modelos diferente e mais intensos de atividade mental em outros lugares.
Há muito tempo aceitamos a escrita como um dos alicerces da civilização. Hoje, entretanto, os neurologistas enfrentam questões profundamente difíceis para muitos observadores: se a alfabetização muda o nosso cérebro, o que será de um cérebro digitalmente alfabetizado (moldado pelas interações com meios digitais como computadores e videogames) – e o que isso poderá significar para a forma como aprendemos?
Há poucas evidências, sobretudo no que diz respeito à questão de que uma “cultura da tela” possa ser prejudicial para o desenvolvimento das crianças. Entretanto, estão começando a surgir pesquisas neurológicas interessantes, que usam a mídia interativa para nos fornecer uma compreensão mais precisa do funcionamento do cérebro e, em particular, dos mecanismos responsáveis pela memória, aprendizado e motivação.
A rede de pesquisa NeuroEducational, chefiada pelo neuropsicólogo Paul Howard-Jones na Universidade de Bristol, está à frente desse trabalho. Usando uma mistura de imagens cerebrais e modelos matemáticos, Howard-Jones espera descobrir como a tecnologia e o aprendizado interagem. Seu objetivo é construir modelos sobre como o cérebro aprende durante as interações digitais – seja em jogos de computador