Professor Reflexivo: algumas considerações
Iniciar um esforço investigativo para se tentar compreender os atuais contornos que vêm marcando as concepções de formação docente requer uma contextualização histórica acerca dos principais elementos que basilaram a construção do conhecimento científico. A história do Pensamento Ocidental vem revelar que a lógica sustentada no edifício Moderno da Racionalidade influenciou todas as dimensões da sociedade. A educação não foi exceção, como também não foi o campo da formação docente.
Em seu livro Identidades Terminais, Silva aponta que “é difícil pensar a educação fora do contexto do predomínio da Razão, tal como definida e elaborada pelo Iluminismo. A história da educação de massas e a do pensamento Ilustrado quase se confundem. A educação institucionalizada é um dos mecanismos pelos quais a Razão se instala e se difunde, os currículos educacionais são baseados na concepção de Razão, o cultivo da Razão é um dos principais objetivos educacionais” (1996, p. 247).
E foi partindo do paradigma da racionalidade monolítica cartesiana que o processo educativo formal legitimou-se como campo de intervenção social, científico, técnico e objetivo, não importando se se estivesse abordando número de alunos, taxa de reprovação ou mesmo valores e aprendência.
Os/as professores/as, dentro desta lógica, são transformados em agentes do projeto social e político moderno, aprendem que conhecimento é adquirido num processo linear de habilidades, valendo dizer, que esta epistemologia de verdade única teve e ainda tem grande aceitação. Seduzidos, ainda, pelo apelo de neutralidade cientistas, especialistas e professores/as empregam a epistemologia cartesiana-newtoniana para a solução “eficaz” de seus problemas educacionais. O/a professor/a modernista ideal tornou-se um prático desvinculado, um operador que deve atender aos imperativos das metanarrativas! (Kincheloe, 1995)
Na realidade, o processo histórico da construção das