Professor em busca de malas
CURSO DE HUMANIDADES
MORAL
RESUMOS E EXERCÍCIOS DOS
GUIAS PARA ESTUDO INDIVIDUAL E DE GRUPO
ANTONIO PAIM, LEONARDO PROTA
E
RICARDO VÉLEZ RODRIGUEZ
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APRESENTAÇÃO
Neste volume, dedicado à MORAL, parte integrante do CURSO DE
HUMANIDADES, estão consideradas de modo autônomo, as principais obras dedicadas ao tema e que configuram o que estamos denominando de modelos éticos.
Em conformidade com o que estabeleceram os gregos, ética designa a meditação teórica que mereceu a moralidade.
Para os gregos, a virtude não era dada a todos, requerendo conjunto de atributos pessoais, como boa saúde, a posse de bens materiais e até mesmo dispor de boa aparência.
Como o cristianismo seguiu os princípios estabelecidos no Antigo Testamento, fixando a obrigatoriedade da lei moral, valeram-se apenas do arcabouço teórico fixado por Aristóteles.
Além disto, enquanto os gregos tinham em vista a felicidade a ser alcançada na cidade, os teóricos cristãos estabeleceram a prevalência da vida eterna. Vale dizer: o cumprimento da lei moral tinha em vista assegurar a salvação.
Com a Reforma Protestante, a Igreja Católica perdeu o monopólio de que dispunha para fixar as regras de comportamento social que admitia. Assim, nos países onde os protestantes tornaram-se a maioria, logo evidenciou-se que nenhuma das igrejas, em que se subdividiam, tinha condições de assumir aquele monopólio. A circunstância deu lugar a um grande debate de que resulta o surgimento da ética social.
O protestantismo também estabeleceu uma interpretação própria do texto bíblico, divergente da que até então era admitida. Esse fato levou Kant a buscar o estabelecimento de fundamentação racional para a moral, apta a ser aceita por ambos, protestantes e católicos. Ao fazê-lo, entretanto, postulou a existência de homem universal. Max Weber, aceitando os princípios fundamentais da ética kantiana, tratou de considerar o homem situado, em seu tempo e numa nação.