Profesora sim tia nao
FREIRE, Paulo. Professora sim, tia não. 1ª ed. São Paulo: Olho D’água, 1997.
“O que me parece necessário na tentativa de compreensão crítica do enunciado professora, sim; tia, não, se não é opor a professora à tia não é também identificá-las ou reduzir a professora à condição de tia. A professora pode ter sobrinhos e por isso é tia da mesma forma que qualquer tia pode ensinar, pode ser professora, por isso, trabalhar com alunos. Isto não significa, porém, que a tarefa de ensinar transforme a professora em tia de seus alunos da mesma forma como uma tia qualquer não se converte em professora de seus sobrinhos só por ser tia deles.” (pag. 9).
“evitar uma compreensão distorcida da tarefa profissional da professora, de outro, desocultar a sombra ideológica repousando manhosamente na intimidade da falsa identificação.” (pag.9).
“Assim também professora não é tia.” (pag.10).
“Creio que um dos caminhos táticos para professoras competentes, politicamente claras, críticas que, recusando serem tias se afirmam profissionalmente como professoras, é desmistificar o autoritarismo dos pacotes e das administrações pacoteiras, na intimidade de seu mundo, que é também o de seus alunos. Na sala de aula, fechada a porta, dificilmente seu mundo é desvendado.” (pag.12).
“A tentativa de reduzir a professora à condição de tia é uma “inocente” armadilha ideológica em que, tentando-se dar a ilusão de adocicar a vida da professora o que se tenta é amaciar a sua capacidade de luta ou entretê-la no exercício de tarefas fundamentais.” (pag. 18).
Primeira Carta: Ensinar – aprender Leitura do mundo – leitura da palavra. (pp.19 - 23)
FREIRE, Paulo. Professora sim, tia não. 1ª ed. São Paulo: Olho D’água, 1997.
“O aprendizado do ensinante ao ensinar não se dá necessariamente através da retificação que o aprendiz lhe faça de erros cometidos. O aprendizado do ensinante ao ensinar se verifica na medida em que o