Produção e venda de mel falso, reportagem do globo rural de 30/09/2007
Depois, na hora de vender o produto, os criadores ainda têm que concorrer com gente que vende xarope de açúcar como se fosse mel verdadeiro.
Os produtos mais utilizados na falsificação do mel são o açúcar, com o qual a pessoa faz um xarope, a essência de mel para dar um aroma, e o amido para dar consistência.
Duas amostras muito parecidas são analisadas. Só olhando não dá para saber qual mel é falso e qual é verdadeiro. Vou fazer um teste de iodo para a verificação da presença de amido.
Vou misturar o mel, 50% do volume de água e três gotinhas de iodo. Aí é só agitar um pouquinho e comparar a cor", explica a bióloga Lídia Barreto. Se a cor não mudou, é mel de verdade.
Noutra amostra a cor ficou escura. "Esse produto não é mel. Mel não tem nada de amido", diz a bióloga.
Globo Rural: Esse teste é tão simples que dá para qualquer um fazer em casa?
Lídia: Exatamente. Em farmácias existe a tintura de iodo a 2%. É a mesma tintura usada no laboratório. O consumidor, se estiver em dúvida, por exemplo, sentiu que o aroma é meio de bala, não tem aquele aroma característico do mel, pode fazer o teste. Mas a palavra final deve ser dada pelo laboratório.
Globo Rural: Que tipo de dano um mel falsificado pode causar?
Lídia: Uma pessoa que está procurando um mel para remédio e já está debilitada, ela ingere alimento de procedência duvidosa, talvez contaminado com algum coliforme fecal, alguma bactéria, e ela pode ter, no mínimo, uma infecção intestinal grave.
Então veja, quanto é grande o perigo de comprar aquele mel que é vendido sem procedência, garrafas sem rótulos (aquelas de cachaça barata), com preços abaixo do mercado; Cuidado não se