Produção textual em “le”
Considerando a perspectiva de gêneros discursivos adotada pelas Diretrizes Curriculares Estaduais de Língua Estrangeira Moderna (GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ, 2008) no que diz respeito ao processo de ensino-aprendizagem de língua inglesa, pretendemos explanar os conceitos que permeiam essa teoria e que tornam possível a efetivação do trabalho com gêneros discursivos em sala de aula. Tendo como norte a dimensão do conceito de dialogismo em Bakhtin, consideramos importante propor um trabalho que venha a suscitar discussões, ou pelo menos reflexões para os profissionais da Lingüística, e também para os professores de línguas estrangeiras, sobre a necessidade de avaliar o livro didático criticamente e então julgar a pertinência daquele material de apoio no processo de aquisição da língua-alvo e da utilização dessa língua em situações concretas por meio de gêneros discursivos. Assim, baseados em leituras teóricas que apresentam e discutem tais conceitos bakhtinianos, pudemos verificar a importância de dispensar ao material com o qual se trabalha em sala de aula de Língua Estrangeira, um olhar crítico e seletivo, potencializando o uso de seus aspectos positivos e tomando decisões conscientes quanto ao trato dado aos demais aspectos. Para tanto, num primeiro momento, faremos algumas considerações acerca de duas importantes correntes teóricas criticadas por Bakhtin (2006): o objetivismo abstrato e o subjetivismo individualista, e introduziremos os principais conceitos bakhtinianos e a concepção de linguagem por ele defendida. Em seguida, apresentaremos o conceito
de gêneros discursivos, com base em Bakhtin (2003). Na seqüência, demonstraremos a possibilidade de aplicabilidade dos gêneros discursivos em