PRODUÇÃO SOCIAL DO CONHECIMENTO - Documentário Eu Maior
Entrevistada: Glória Arieira
Gloria Arieira é a fundadora e diretora do Vidya Mandir. Largou sua vida no País para viver quatro anos na Índia e estudar com Swami Dayananda, seu mestre. Desde seu retorno, dedica-se a promover o Vedanta e o Sânscrito no Brasil e na Argentina e também faz tradução para o Português dos textos em Sânscrito.
Para Gloria Arieira, ao documentário EU MAIOR, o sofrimento vai ser natural por que todos os indivíduos sempre passarão por uma situação agradável e desagradável para si. Isso por que damos muita atenção ao mundo externo. Porem quando voltamos nossa atenção para nós mesmos, mudamos nosso foco para o eu e então veremos que não existe sofrimento.
A identidade “Eu sou infeliz” para Arieira é falsa, pois essa conclusão é baseada somente em experiências mutáveis. Ou seja, experiências que podem mudar facilmente. Se voltarmos o foco para si veremos que somos nós que iluminamos essas experiências. “A renúncia da ação através do conhecimento é diferente da renuncia da ação para aquisição do conhecimento.”
Podemos ate juntar conhecimento com experiência. Nós temos experiências, pois temos a experiências de nós mesmos. O que não temos é a clareza de que essencialmente eu sou este ser que eu desejo ser.
Existe uma ignorância em relação ao sujeito, que é a identificado como corpo, mente, conhecimento em vários aspectos diferentes.
Para Arieira sempre estamos como se nós faltasse uma experiência, pois existe uma visão mais fundamental e mutável do sujeito, que apesar de ter sido experimentada em vários momentos, não é reconhecida.
Para o documentário EU MAIOR, Gloria Arieira revelou que o seu maior foco é a atitude por detrás da ação e do recebimento do fruto da ação, ou seja, uma atitude maior ao receber as coisas que vão para ela. Ela deseja poder ter a capacidade de lidar com essas situações com o mundo tendo uma visão ampla de todas as situações como um instrumento de uma maturidade.