produção de melancia sem semente
MELANCIA
SEM SEMENTES
DESENVOLVIMENTO E AVALIAÇÃO DE HÍBRIDOS TRIPLÓIDES EXPERIMENTAIS DE MELANCIA
Flávio de França Souza1
Manoel Abilio de Queiróz2
Rita de Cássia de Souza Dias3
Eng. Agrônomo, Mestrando Bolsista UFRPE/CNPq, fsfranca@yahoo.com Eng. Agr. Ph.D. em Genética e Melhoramento de plantas, Embrapa Semi-Árido, mabilio@cpatsa.embrapa.br 3
Eng. Agr. M.Sc. em Fitossanidade, Embrapa Semi-Árido, ritadias@cpatsa.embrapa.br 1
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Fotos cedidas pelos autores
melancia, Citrullus lanatus
(Thunb) Mansf., é cultivada em vários países do mundo, sendo sua produção mundial de, aproximadamente, 23 milhões de toneladas de frutos (Doorenbos
& Kassam, 1994). No Brasil, em 1994, a área plantada foi de cerca de 72.000 hectares (ANUÁRIO ESTATÍSTICO DO
BRASIL, 1994).
Nos últimos anos, tem-se observado o crescimento da participação das cultivares sem sementes no mercado de melancia. Nos Estados Unidos, até 1991, a melancia sem sementes ocupava cerca de
5% do mercado de seu fruto, com estimativa de ter potencial para ocupar de 15% a 50% (Marr & Gast, 1991).
Atualmente estima-se que o mercado da melancia sem sementes naquele país seja de 20%. No Brasil, a produção de melancia sem semente é incipiente.
A primeira melancia híbrida sem sementes de que se tem notícia foi produzida em 1947, no
Japão, sendo que os primeiros estudos se iniciaram ainda na década de
30. No entanto, o conceito de melancia sem sementes só foi bem descrito na literatura científica em 1951, com a publicação do trabalho de H. Kihara (Eighst, 1971). Desde então, vários trabalhos foram conduzidos em
90
diversas partes do mundo, visando à obtenção da melancia sem sementes ou estimulando a produção comercial dela. No Brasil, a primeira tentativa, de que se tem registro, de se desenvolverem cultivares de melancia sem sementes foi realizada pela Embrapa
Hortaliças, no início da década de 90, em convênio com centros de pesquisa do Japão (Tasaki,