Produção Cultural da Periferia
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A periferia produz uma quantidade massiva de manifestações artísticas, manifestações essas livres e ricas. Sem mídia, sem cobrança por resultados, a espontaneidade e criatividade do artista fluem de maneira pura revitalizando áreas destruídas pelo descaso dos governantes e modificando o meio urbano. O século em que vivemos contribui de maneira substancial para essa massiva criação artística, a internet como meio modificador permite que uma infinidade de pessoas possam produzir arte. Os movimentos sociais ganham outro contexto, se antes era possível apenas no meio escrito hoje com um celular ele se torna audiovisual. Essa produção de arte permite que novas faces da periferia sejam mostradas, não se restringindo apenas ao estereótipo de lugar violento e feio, mas sim demonstrando à cultura de um povo acostumado as dificuldades que cria meios para viver melhor. O povo deixou de ser apenas personagem, muita vezes vira autor, passando a realidade de quem tem propriedade para falar sem a velha "superficialização" de outrora. A disponibilização da informação e da cultura modifica o meio ao qual ela for inserida. Seguindo o que diz Michel Bauwens à medida que os sistemas sociais, econômicos e políticos se transformam em redes distribuídas, surge uma nova dinâmica produtiva: o modelo peer to peer (P2P), ponto a ponto. Assim sendo ele define pontos fundamentais para a disseminação da informação:
1 - Uma estrutura tecnológica, ou seja, a inclusão digital.
2 - Sistemas alternativos de comunicação que permita autonomia aos envolvidos. A web é o maior exemplo.
3 - Infra-estruturar meios para uma comunicação global, por exemplo, as redes sociais (blogs, twitter, Orkut...)
4 - O requisito cultural, difusão da arte e sabedoria humana.
Trazendo essas teorias para a pratica é possível se obter resultados completamente satisfatórios, bons exemplos disso são:
->O projeto social "Nós no morro" que