Processos migratorios
Na segunda metade do século XIX, somam-se dois processos, que resultam num rearranjo daquele momento inicial: a expansão da fronteira econômica e um processo gradativo de abolição da escravidão. Ambos convergiam para a decisão dos colonizadores em ampliar a participação de brancos europeus na formação da população brasileira. Este quadro propiciou a vinda de outros europeus - italianos, alemães, austríacos, húngaros, eslavos, sírios, libaneses, suíços - que, mais tarde, se juntam aos asiáticos.
A segunda grande marca da migração brasileira é resultado da integração e modernização do território e da ampliação das trocas comerciais e do consumo, marcadamente a partir da década de 1950. Intensifica-se, a partir deste momento, a urbanização e a correlata migração interna. O Brasil, até então um país agrícola, vai conhecer neste período uma acentuação do êxodo rural, levando à inversão dos números correspondentes à localização da população, de maioria rural, em 1940, para maioria urbana, em 1970.
A industrialização, associada à urbanização mais intensa no Sudeste, acelera esse processo e atrai milhares de pessoas do Nordeste para o Centro-sul, em especial nas décadas de 60 e 70. É neste período que se inicia o processo de metropolização,com os anos 60 marcando um significativo ponto de inflexão. Na década de 70, a expansão de novas fronteiras agrícolas e econômicas na região Norte leva ao deslocamento de milhões de pessoas para o Centro-oeste e para a Amazônia, para onde migram nordestinos e mais recentemente os sulistas.
Na década de 90 é detectado um processo de desmetropolização associado