Processos identitários
A Itália é um país com raízes fascistas, que oriundas do tempo de Mussolini, após um período de maior acalmia, voltou de novo a angariar um vasto número de adeptos da ideologia fascista e por todo o lado têm proliferado tentáculos, que tendem a abraçar todo o país.
Berlusconi, como não podia deixar de ser, aproveita como ninguém a nova tendência e gere-a a seu bel-prazer, pois a mesma vem de encontro à sua forma de pensar e consegue assim juntar o útil ao agradável.
E o lamentável da questão é que tem cada vez mais adeptos, que acabam por legitimar a sua actuação.
No fundo trata-se de pensar só no eu, que eles representam, esquecendo sempre o outro, que são as populações que escolhem país para tentar melhorar a sua vida e que são tratados “abaixo de cão”.
Após levarem a cabo diversas ofensivas raciais em grande escala contra os ciganos e os clandestinos, em cerca de um ano diminuíram o número de ciganos de 165 mil, para cerca de 35mil, e a presença de romenos desceu para cerca de 3mil. Os métodos utilizados foram os mais baixos possível, fazendo um censo à população cigana, incluindo as crianças, mandando demolir as barracas, sem lhes dar uma alternativa de realojamento, foram encetadas perseguições, humilhações policiais, enfim um sem número de atrocidades, perante as quais as organizações internacionais, cinicamente como é seu timbre, encolhem os ombros e fingem que não têm conhecimento.
É óbvio que a etnia cigana, acarreta um sem número de problemas, ligados essencialmente à droga, mas também à violência, pois sendo um povo nómada, dificilmente assenta arrais e contribui para o bem-estar das comunidades.
No entanto há excepções e como tal deveriam ser tratados como seres humanos que são, e tentar-se saber quais de entre eles estão dispostos a deixar-se integrar na comunidade, pois seguramente existem muitos que não seguem o caminho da criminalidade, e se forem acompanhados com medidas que apoiem a sua integração, não