Processos de controlo do esforço
O corpo humano sente-se bem com o movimento, porque este da prazer e estimula a criatividade. A nível médico, o exercício estimula a circulação sanguínea e o crescimento dos tecidos nos músculos e nos ossos; também alivia a fadiga provocada pela tensão nervosa e pela vida sedentária. Mas os benefícios estendem-se ainda a outros campos, pois o exercício é também um instrumento poderoso para a prevenção e tratamento de doenças.
Se os programas de treino estão a ser bem dirigidos, o coração, que também é um músculo, vai adaptar-se ao esforço, procurando economizar o seu trabalho. Esta economia é visível pela diminuição da frequência cardíaca (FC) em repouso. Depois de um treino, o organismo leva algum tempo a recuperar e é através da frequência cardíaca que podemos controlar essa recuperação e avaliar o maior ou menor efeito do treino. Mesmo durante o desenrolar do programa de treino a frequência cardíaca dá-nos indicações:
· sobre a velocidade da recuperação;
· se a intensidade da tarefa é significativa para provocar melhoria de rendimento. Para que haja um controlo eficaz sobre estas questões, torna-se muito importante que todos os dias pela manhã o atleta tire a pulsação e a registe no seu diário e em ficha própria, para assim poder informar o treinador da situação do seu organismo perante o tipo de esforço produzido.
Para fazê-lo existem três técnicas: · No pulso (através da artéria radial): o atleta deve comprimir ligeiramente a artéria contra o osso, utilizando para o efeito dois dedos (indicador e médio), contando os impulsos durante 15 seg., multiplicando depois o valor encontrado por 4, encontrando assim o número de pulsações por minuto. Nunca devemos utilizar o polegar para contar, pois este dedo pode induzir em erro dado poder-se através dele sentir as pulsações, mas aumentando falsamente a frequência cardíaca; · No pescoço (através da artéria carótida): usa-se o mesmo processo de