Processo saúde-doença: do adoecer à loucura.
Múltiplos estudos buscam abarcar explicações do adoecimento psíquico. Abordagens psicológicas, religiosas dentre outras evidenciam aspectos que podem estar ligados a este aspecto; os enfoques mais amplos levam em conta o processo do adoecimento ocasionado por múltiplos fatores inteligíveis.
Assim, Silva e Fonseca (2003) expõem:
No campo da saúde mental, da mesma forma, podem ser identificados conceitos de adoecimento psíquico e terapêuticas operadas nos diferentes períodos de desenvolvimento político e econômico e da organização da sociedade, desde os primórdios até a idade contemporânea.
A ideia de loucura persiste desde o século XVII, a partir daí muitas tem sido as denotações atribuídas as suas causas. No âmbito religioso estava associado a possessão. Alguns estudos se destinam a apreensão das representações dos próprios portadores de sofrimento psíquico, procurando compreender a que instancia os mesmos atribuem o adoecimento (Brito & Catrib, 2004). Perdas, mitos, traumas e doenças dos nervos são causas comuns apontadas pelos sujeitos em uma analise semântica realizada pelos autores, o que demonstra que o senso comum não expressa algo longe da realidade em suas representações sociais, pois diferentes causas estão associadas ao desenvolvimento do sofrimento psíquico.
Outro estudo (Prebianchi & Falleiros, 2011) expõe resultados semelhantes, salientando o que os sujeitos que possuem sofrimento psíquico e os profissionais da área de saúde pensam. Eles expõem que “a doença mental resulta de dificuldades e conflitos atuais e para os usuários ela resulta também de problemas familiares, sociais e econômicos” (p. 36).
Na psicologia a etiologia do sofrimento psíquico é explicada dependendo do prisma explorado. Sob um paradigma biopsicossocial, a doença mental advém das três instancias referidas no nome do paradigma, sendo resultado da relação e interação do biológico, psicológico e fatores externos, sociais,