Processo gerecias
Lago do Junco é um município maranhense com indicadores socioeconômicos inferiores os das regiões vizinhas e com sua maioria da população vivendo na zona rural. O principal meio de vida dos moradores locais é a palmeira de babaçu (vegetação local predominante). Da palmeira do babaçu é extraída óleo, sabonete, cesto, telhado, abanador, carvão para produzir fogo, além de produtos medicinais como antiinflamatório. O fruto babaçu sempre foi a maior parcela de fonte de renda da região, mas esta fonte de renda vem sendo ameaçada pela expansão da agropecuária na região.
Em 1999 essa realidade do município do Lago do Junco foi modificada com o Programa Comunidade Ativa do Governo Federal em parceria com o Sebrae, quando implantou uma das cinco experiências-piloto de Desenvolvimento Local, Integrado e Sustentável (DLIS) no Maranhão. O DLIS procurou valorizar a participação da comunidade e estimulou o comprometimento dos moradores locais com a questão do desenvolvimento e, a partir desse despertar, buscaram desenvolver lideranças capazes de dar sustentação as ações que visassem à promoção do desenvolvimento. Com resultado dessa experiência, formou-se o Fórum de Desenvolvimento Local em Lago do Junco, tendo como principais parceiros a Prefeitura Municipal, a Arquidiocese e as Lideranças locais.
Com o diagnóstico socioeconômico, realizado pelo Fórum de Desenvolvimento Local em Lago do Junco, observou a tradição cultural no cultivo e na utilização da flora medicinal, e implantou um horto de plantas medicinais e um laboratório de manipulação fitoterápicos.
Para a capacitação, o Sebrae entrou com cursos para os membros do Fórum, reforçando a capacidade de liderança, estimulando o trabalho em equipe e o conhecimento do trabalho local. Também foi viabilizando estágios, através da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), para estudantes de Farmácia e Agronomia, que funcionavam como multiplicadores das técnicas de cultivo e fabricação de remédio. Essa ação se