PROCESSO EPIDEMICO
Entende-se por nível endêmico de um determinado agravo à saúde a situação na qual sua freqüência e distribuição, em agrupamentos humanos distribuídos em espaços delimitados, mantenham padrões regulares de variações num determinado período, ou seja, as oscilações na ocorrência das doenças correspondem somente às flutuações cíclicas e sazonais.
Nos momentos em que essas variações apresentam-se de forma irregular, temos uma epidemia, que pode ser definida como: a ocorrência de um claro excesso de casos de uma doença ou síndrome clínica em relação ao esperado, para uma determinada área ou grupo específico de pessoas, num particular período.
A aplicação deste último conceito para a identificação precisa de uma epidemia pressupõe a disponibilidade, em tempo oportuno, de séries históricas rigorosamente atualizadas e, portanto, a existência de sistemas específicos de vigilância.
Na figura 7, podemos ver a trajetória da mortalidade pela poliomielite no município de São Paulo de 1924 a 1995. Nela verificamos períodos endêmicos, epidêmicos e o desaparecimento dessa doença como causa de óbito em conseqüência de sua eliminação a partir da segunda metade da década de 80.
É também importante, para garantir a comparabilidade dos dados de uma série histórica, que a definição de caso, assim como as técnicas laboratoriais utilizadas para o diagnóstico da doença em questão, não tenham variado no tempo.
As epidemias podem ser conseqüência de exposição a agentes infecciosos, substâncias tóxicas e, em situações especiais, à carência de determinado(s) nutriente(s).
As epidemias podem evoluir por períodos que variam de dias, semanas, meses ou anos, não implicando, obrigatoriamente, a ocorrência de grande número de casos, mas