Processo de Substituição de Importações
1. Características do modelo exportador
Inicialmente a autora comenta as características do modelo exportador, mostrando o papel do setor externo nas economias primário-exportadoras (periféricas) dando ênfase ao papel desempenhado pela exportação como variável exógena responsável pela geração de importante parcela da Renda Nacional e pelo crescimento da mesma e as importações como fonte de suprimentos de vários tipos de bens e serviços necessários ao atendimento da demanda interna. Ou seja, o modelo de crescimento adotado até então era um modelo voltado “para fora”. Para avaliar o papel do setor externo em nossas economias periféricas devemos contrastá-lo com o que historicamente desempenhou nas economias “centrais”.
Nas economias centrais as exportações mesmo sendo componente importante e dinâmica da formação de Renda Nacional, não lhes cabia a exclusiva responsabilidade pelo crescimento da demanda. Na realidade, as economias centrais a variável exógena (exportações) juntava-se a uma variável endógena de grande importância (o investimento autônomo acompanhado de inovações tecnológicas). Já na América Latina (economias periféricas) não só as exportações eram praticamente a única componente autônoma do crescimento da Renda como o setor exportador representava o centro dinâmico de toda a economia, De modo geral, o desenvolvimento do setor exportador proporcionou um crescimento de atividades industriais de baixo nível de produtividade . Porém, essa reduzida atividade juntamente com a agricultura de subsistência eram insuficientes para dinamizar a atividade interna, deixando o crescimento econômico atrelado a demanda externa. O papel das importações, além de ter que suprir as necessidades de alimentos e matérias-primas (economias centrais), deveriam fornecer bens de consumo finais e praticamente o total de bens de capital necessários ao processo de investimento induzido pelo crescimento da