Processo de Socialização
O ser humano integra-se na sociedade pela interação e aprendizagem do comportamento humano, comunicando com outros seres humanos condicionalmente predispostos à sociabilidade.
É-lhes pois transmitida uma cultura material e imaterial originária de gerações anteriores e partilhada entre todos os seres humanos. Adquire-se pois uma identidade geral comum aos membros da sociedade assumindo essa identidade como própria. Processa-se assim a dita socialização primária.
A sociedade é dada a conhecer ao indivíduo por este ser parte integrante da mesma, compondo-se por vários grupos, organizações e estruturas.
A adesão a esses grupos processa-se de forma imediata, em alguns casos, com o nascimento ou então por adesão própria.
A partilha de cultura e consequente socialização traduz-se com a aprendizagem do indivíduo relativamente aos papéis a desempenhar em interação com o outro. É a aprendizagem das regras, normas e valores que vai determinar as atitudes aceites pela sociedade.
Assim o papel social define-se por um conjunto de deveres e ou comportamento social esperado, estabelecido de acordo com normas ou compromissos com o meio social.
Analisando estes fatos acresce referir, e de acordo com o relato noticiando a situação das jovens Muçulmanas, que a cultura apreendida por estas jovens e o seu processo de socialização primária definem os seus comportamentos e caracterizam a sua forma de agir e pensar. Como se diferem da realidade em que estão inseridas surge então a conflitualidade e uma adaptação, por forma a não contrariar os seus princípios e valores sociais.
Esta apreensão da realidade própria surge de acordo com um processo de exteriorização, objectivação e interiorização, em que o indivíduo exterioriza o seu ser e interioriza a realidade envolvente de forma objectiva, como