Processo de serramento manual
Humanismo, em sua concepção clássica literária, é o movimento que exalta o ser humano em sua forma mais valorizada e plena.
Surgiu entre a Idade Média e o Renascimento, e coincide com o início de uma nova classe social: A burguesia.
O Humanismo marca toda a transição de um Portugal caracterizado por valores puramente medievais para uma nova realidade mercantil, em que se percebe a ascensão dos ideais burgueses. A economia de subsistência feudal é substituída pelas atividades comerciais; inicia-se uma retomada da cultura clássica, esquecida durante a maior parte da Idade Média; ao lado do pensamento teocêntrico medieval, começa a surgir uma nova visão do mundo que coloca o homem como centro das atenções (antropocentrismo).
Características do Humanismo
Antes do pensamento humanista, o centro do pensamento era Deus, um pensamento teologista. A partir deste movimento, passa a haver um antropocentrismo. Para o homem Renascentista, o ser humano continua a ser uma obra de Deus mas tem livre-arbítrio e é dono das suas decisões, podendo decidir o seu destino. A obra humana passa a ser valorizada não como uma obra de Deus mas como sua própria criação. Submeteu o sensorial ao racional, resultando numa necessidade de retratar o mundo tal como era, percepcionando pelos olhos e não numa visão idealizada.
O grande humanista do Renascimento, em Portugal, foi Damião de Gois.
Escritor português nascido em Alenquer, considerado o último dos grandes cronistas do reino português. Filho dos fidalgos Rui Dias de Góis e Isabel Gomes de Limi, ficou órfão do pai aos nove anos de idade, e Góis tornou-se pajem do Paço de D. Manuel o Venturoso. Na corte teve o primeiro contato com a cultura da época: a música polifônica, o teatro Vicentino, os poetas do Cancioneiro de Garcia de Resende. Também conheceu os humanistas Cataldo Parísio Siculo e Duarte Pacheco Pereira.
Após a morte (1521) de D. Manuel e a subida ao trono de D. João III, foi nomeado escrivão