Processo De Gelifica O Em Alimentos
AG.BRAGANTE - ©2009
INTRODUÇÃO
Macromoléculas ou biopolímeros quando em suspensão aquosa formam colóides de maior ou menor fluidez dependendo da concentração das mocromoléculas bem como da natureza das mesmas. Esses colóides, tanto nas células vivas como nos alimentos poderão se transformar em géis de maior rigidez e de grande importância para as propriedades funcionais desses sistemas. Como exemplo, o enrijecimento que ocorre durante o aquecimento dos amidos e farinhas, a alteração que ocorre na consistência dos ovos durante o seu aquecimento são fenômenos de gelificação.
A gelificação é um fenômeno interessante porque os géis, embora sejam rijos, às vezes a concentrações de soluto muito baixas, as propriedades dos solventes permanecem praticamente inalteradas. A formação de gel ocorre em diferentes concentrações para diferentes proteínas. A gelatina forma gel em água somente a uma concentração de 1%. Muitos géis quando submetido a um repouso prolongado manifesta perda de solvente e contração ocorrendo um processo conhecido como sinérese. A gelificação é uma propriedade funcional muito importante de algumas proteínas.
Ela envolve a preparação de numerosos alimentos, como, produtos lácteos, clara de ovo coagulada, géis de gelatina, vários produtos cárneos, géis de proteína de soja, proteínas vegetais texturizadas por extrusão, e produtos panificados. A gelificação não é só utilizada para formar géis sólidos viscoelásticos, mas sim, também, para melhorar a absorção da água, efeitos espessantes, fixação de partículas, e estabilizar emulsões e espumas. Existem vários gelificantes, como a lecitina, carragenos, porém os que nos destacaremos serão as pectinas e amido. As pectinas são substâncias coloidais de cadeias de ácido D-galacturônico unidos por ligações glicosídicas a (1-4). Pode ser de dois tipos de acordo com o teor de metoxilas ATM e BTM, sendo que estas formam géis frágeis, necessitando a adição de cálcio e as ATM formam