PROCESSO DE CARBONIZA O
Durante a carbonização (ou pirólise), além da obtenção de carvão vegetal, são liberados gases, tais como CO, CO2, vapor d’água e líquidos como o alcatrão e o ácido acético.
O processo pode ser dividido em quatro etapas:
1. Abaixo de 200º C, praticamente só ocorre a secagem da madeira.
2. De 200 a 280º C, etapa onde a madeira começa a ser degradada quimicamente, liberando materiais voláteis como, ácido acético, metanol, água, CO2 e outros.
3. De 280 a 500º C, parte da madeira é carbonizada e ocorre a liberação de gases combustíveis (CO, CH4 e outros), além da maioria do alcatrão solúvel e do ácido pirolenhoso.
4. Acima de 500º C, liberação de pequenas quantidades de voláteis, em especial H2.
TIPOS DE FORNOS
1. Fornos primitivos: é o método de produção de carvão vegetal mais antigo, consiste em empilhar a lenha ou coloca-las em valas escavadas no chão e encobri-la com terra. Devem permanecer algumas aberturas para entrada de ar e saída dos gases produzidos pela carbonização. Tem como principal vantagem o baixo custo de implementação, apesar do intensivo uso de mão-de-obra. Como desvantagens possui um baixo rendimento, difícil condução da carbonização e contaminação do carvão por terra.
2. Fornos convencionais (fornos de alvenaria): são os tipos de fornos mais usados no Brasil. Estes são construídos em alvenaria, sendo os tijolos assentados com barro. Apresenta baixo custo de construção, rendimento razoável e são de fácil operação.
3. Fornos metálicos: são construídos de chapas metálicas, de grande capacidade, voltadas para a produção em escala industrial, nos quais podem ocorrer processos mais elaborados, como a recuperação do alcatrão e a pré-secagem do material a ser carbonizado. Além disso, o carregamento e o descarregamento são feitos de forma mecanizada. Possui um baixo custo operacional, aumento na lucratividade, auto rendimento e baixa emissão de poluentes.
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