Processo de aquisição e evolução da escrita infantil
Sabemos que a criança quando nasce, passa a pertencer a um grupo social que já fala uma língua. Com o convívio e a interação nesse grupo, ouvindo e posteriormente começando a produzir suas primeiras expressões sonoras - inicialmente sem significados e depois se transformando lentamente em palavras da nossa língua- a criança inicia seu aprendizado que conduzirá para o resto de sua vida. Quando chega à escola, a criança tem muitos conhecimentos a respeito da língua que são suficientes para que ela se comunique conforme suas necessidades. Esses conhecimentos são ampliados no ambiente escolar e estendidos a outras necessidades que vão surgindo no dia-a-dia. O conhecimento da língua escrita, assim como da língua oral, também depende de situações em que a escrita é valorizada e de outra pessoa que já domina, já escreve e pode colaborar na aprendizagem das crianças. Podemos dizer que a criança não espera seu ingresso na escola para pensar a respeito da escrita principalmente se ela vive em um ambiente em que a escrita faz parte do seu cotidiano através de vários impressos, de várias situações com o escrito, no manuseio de livros, jornais, revistas, gibis, panfletos, propagandas, Bíblia, contas, rótulos, etc. Assim, é preciso que a escola juntamente com seus professores, ofereça muitas oportunidades para contato e reflexão a respeito da língua escrita. Dessa forma, é necessário que você professor considere quais são as experiências que seus alunos já trazem para a escola para que a partir daí desenvolva um planejamento que leve em conta as experiências anteriores, com o objetivo de aproveitá-las, explorá-las, enriquecê-las e ampliá-las. Quando a criança é estimulada a escrever, mesmo antes de dominar a linguagem escrita, ela demonstra o que já sabe sobre esse processo. Quando ela brinca de escrever, brinca de escola ou faz seus primeiros trabalhos livres elas também estão revelando o que já sabem e o que o