PROCESSO DA PAZ EM ANGOLA
Silenciaram-se as armas, veio a paz com vencidos, vencedores e um povo muito sofrido, mas como todos nós sabemos a luta para manter a paz é infinitamente mais difícil que qualquer operação militar. Com a paz em 2002 renasceu a esperança, voltou a alegria, vieram as eleições em 2008 e a paz continuou, novas eleições em 2012 e a paz continua, com treze nos de paz, Angola cresceu economicamente mas o desenvolvimento humano não teve a mesma sorte, pois os dividendos da paz só são para os senhores da guerra , os justos vencedores e por isso com a paz também houve um aumento significativo das desigualdades sociais, disparou a exclusão social e a pobreza, aumentou a criminalidade , a sinistralidade, a mortalidade materno infantil, os mais velhos foram esquecidos, surgiram as demolições com desalojados, sem abrigo e refugiados a mistura, calaram os jovens e todas as vozes contra, inviabilizaram todo o tipo de alternativa ao poder ,tudo isso porque os protagonistas da guerra são os mesmos da paz, mas apesar de toda essa tragédia social, os angolanos na sua maioria continuam a preferir a paz mais injusta à mais justa das guerras, pela paz a democracia pode esperar, sinais do tempo em tempo de paz.
Vêm aí o feriado da paz, com manifestações a mistura, o que todos angolanos desejam independentemente da cor politica, raça ou religião é que a paz seja duradoura e que os angolanos se encontrem num caminho de liberdade, justiça e fraternidade e que o desenvolvimento e progresso seja para todos principalmente para as gerações vindouras
Não se pode separar paz de liberdade porque ninguém consegue estar em paz a menos que tenha a sua liberdade (Malcolm X)
O Governo angolano e a guerrilha da UNITA assinaram a 04 de Abril de 2002 o Memorando de Entendimento, documento que formalizou o fim do estado de guerra que vigorou quase ininterruptamente em Angola desde a independência, em 1975.
No próximo dia 4 de Abril, Angola comemora um aniversário