Processo criativo - "ser e não ter. e porque não?"
“Ser e não ter, e porque não?”
Bruna Riekes Prochmann[1]
RESUMO: Este artigo tem por objetivo mostrar o estudo do processo criativo, assim como quais os dilemas de fazer ou não o processo criativo para criação de uma personagem. Com base em estudos de autores como Augusto Boal, Jean-Pierre Ryngaert, Keith Johnstone, para melhor compreensão de como a falta deste procedimento afeta atores, assim como a cena em que estão inseridos.
PALAVRAS-CHAVE: Jogos teatrais, improvisação, processo criativo.
Introdução
Com base nos estudos teóricos propostos e na observação das aulas práticas ministrados pelo professor Doutor Jean Carlos Gonçalves[2], busquei alguns estudos sobre o processo de desenvolvimento de uma personagem ao perceber a dificuldade, tanto minha quanto de alguns colegas de classe, na matéria de Jogos Teatrais e Improvisação II, na criação de personagens sem participar de todo o processo criativo executado no decorrer das aulas.
Augusto Boal, Keith Johnstone, Odette Aslan, Jean-Pierre Ryngart são nomes que guiarão este estudo, além das orientações dadas pelo professor Jean Carlos em sala de aula.
Proponho, neste artigo, ilustrar a forma como este processo de criação afeta os atores na criação de suas personagens, quais as dificuldades de se atuar uma personagem já criada, sem todo o processo anterior executado para a criação da mesma.
1. O Processo
A partir da famosa frase de William Shakespeare[3] “Ser ou não ser, eis a questão” refleti sobre qual seria a definição de processo criativo para um melhor desenvolvimento. Refletindo sobre esta frase, encaixei ela no contexto do teatro, de ser como personagem, de não ter como a falta do processo criativo e do porque não? se tratando de porque não fazer este processo?
Com muita pesquisa, compreendi a não existência de uma definição teórica sobre o tema, apenas estudos e alguma especulação; recorri ao dicionário e encontrei as