Problemática do conhecimento histórico
Os historiadores dos nossos dias, tem o dever de receber e continuar a herança de divulgar a História, visto que na civilização ocidental, temos, como dizia Bloch, um passado de historiadores, desde a Grécia e Roma antigas, que eram povos historiógrafos, até ao Cristianismo, que é uma religião de historiadores. Toda a nossa civilização está ligada à História, quer no nosso património artístico, literário e através dos monumentos, chega-nos um legado pleno do que foi o nosso passado. Até a própria paisagem actual, em que a sua morfologia está em constante mudança, é muitas vezes produto da acção do homem, no passado.
A História desempenha vários papéis na sociedade, sendo um deles, o da diversão. Através da TV, do cinema e modernamente através da internet, o historiador põe ao dispor de todos, o conhecimento do homem e da sociedade. O êxito desta expansão deve-se à forma como hoje é apresentada a informação histórica, através do som e da imagem. Como dizia Bloch, que a história sempre o divertiu muito, é lógico, que a mesma também diverte os seus destinatários.
Existe em todos nós um fundo de historiador. Todos contamos histórias do nosso passado, em que fomos intervenientes e às quais damos, muitas vezes, um cunho pessoal, de maneira a torná-la mais verídica, é a atracção pelo passado, ou a conhecida obsessão pelas origens. Claro que a importância da história, não se deve apenas, a estes factores de atracção, sedução e diversão. No entanto como o passado não é apenas e só o objecto de estudo e análise da História, ela revela-se como a ciência dos homens no tempo, e mostra a verdade dos factos dos homens e como ciência que é, pode e deve ajudar a compreender o presente, o que revela a utilidade e a importância da História.
O presente/passado, digo passado, porque o presente praticamente não existe. Ele é um efémero fragmento de segundo, que já passou, pelo que o presente é o passado. Assim, toda acção do homem actual está