Problemas sociais
Esta quinta-feira, 28, foi Dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho e contou com denúncias sobre o descaso dos patrões para com a saúde de seus empregados.
O número de mortes em acidente de trabalho no Brasil é alarmante. Segundo estatísticas do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), no período de 1970 até 2002, 130.755 trabalhadores morreram em razão de más condições de trabalho.
Para o Instituto Nacional de Saúde do Trabalhador da CUT (INST), a data expõe a necessidade de uma política nacional de saúde e segurança no trabalho. Para se ter uma idéia em 2000, 3.094 acidentes com mortes foram registrados fora os 304.963 acidentes típicos, 19.605 doenças profissionais e 39.300 acidentes de trajeto que totaliza 363.868 acidentes nos mais diversos setores como comercio, metalurgia, construção civil, químicos, petroleiros (empresas terceirizadas) entre outros.
Em todo o mundo esses acidentes representam um grande problema econômico e social pois eles estão entre os fatores de exclusão social, na medida em que causam morte, invalidez parcial ou permanente. Com isso, ocorreram aposentadorias precoces, diminuição ou perda de renda de milhares de trabalhadores que acabam ingressando no mercado informal e nas pensões do governo. Todo esse processo acaba gerando um custo alto para o governo fazendo com que a conta gere em torno de pagamento de benefícios acidentários, aposentadorias especiais e reabilitação profissional.
Segundo dados da Previdência Social em 2003 foram concedidos quase 1,4 milhão de benefícios a título de auxílio-doença e apenas 146 mil auxílios-doença acidentário.
A OIT (Organização Internacional do Trabalho) e a OMS (Organização Mundial de Saúde), escolheram o dia 28 de abril para levantar bandeiras contra acidentes e doenças geradas pelo trabalho, data que ficou institucionalizada como Dia Mundial das Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho.