problemas energeticos
Ciências Contábeis 1°T1
Problemas energéticos para o futuro da economia brasileira
As principais fontes de energia no País são distribuídas da seguinte forma: energia hidráulica (74,3%), energia térmica (gás natural e carvão mineral) (7,0%), biomassa (bagaço de cana de açúcar) (5,1%), petróleo (2,8%), nuclear (2,7%), gás industrial (1,5%) e eólica (0,4%), sendo o restante (próximo a 6,2%) importado. Como se pode verificar desses dados, a matriz energética do País está completamente desbalanceada por conta da nossa elevada dependência da energia hidráulica, que apresenta um forte componente aleatório: a ocorrência de chuvas nas bacias que abastecem os reservatórios. Atualmente, nas 10 maiores usinas hidrelétricas em operação no Brasil, com exceção de Itaipu e Ilha Solteira, todas as demais têm níveis de reservatório baixos.
Sempre a energia hidráulica foi dominante no Brasil, que é um dos países mais ricos do mundo em recursos hídricos. Por sua vez, a contribuição do carvão mineral (1,3%) é baixa, pois o País dispõe de poucas reservas e elas são de baixa qualidade. Mesmo com o crescimento pífio da economia em 2012, quase todas as termoelétricas brasileiras foram acionadas a plena carga em outubro por conta dos níveis baixos dos reservatórios, provocando assim a emissão de milhões de toneladas de gás carbônico. O desenvolvimento econômico brasileiro depende da diversificação da sua matriz energética que deve ser baseada em modelos estatísticos que levem em conta as incertezas de geração inerentes às diversas fontes de energia e ao risco da eventual escassez de algumas delas de modo compatível com as reservas disponíveis e, assim, evitando colapsos quando uma fonte de energia tem problemas de abastecimento.
A economia brasileira não pode crescer dependendo fortemente da aleatoriedade das chuvas. O consumo de energia per capita no País ainda é muito pequeno, sendo imprescindível que dobre no curto prazo