Problemas de conduta
Em primeiro lugar gostaríamos de justificar nossa escolha pelo tema que para muitos não constitui tema de debate relacionado à educação inclusiva em razão de seu caráter mais subjetivo e pela freqüência de sua ocorrência e naturalização no decorrer da nossa história. Contudo, baseadas em algumas leituras e discussões e buscando pensar no significado do termo “Educação Inclusiva”, admitimos que o tema aqui apresentado não só se refere à questão da Inclusão na Educação, como se trata de uma reflexão indispensável na formação daqueles que objetivam trabalhar em prol da Educação que inclui e na erradicação da desigualdade de oportunidades e qualidade de ensino que ainda é uma realidade no país e no mundo. Além disso, consideramos que se trata de um tema oportuno no momento atual em que a escola tem sido vítima e, ao mesmo tempo, produtora da violência e agressividade nos alunos. Acreditamos que uma das razões possíveis para o que temos presenciado nas escolas, se deve ao fato de que, por longos anos, o desenvolvimento emocional dos alunos não foi pauta de discussões e debates entre os profissionais da educação. Isso fez com que os docentes muitas vezes atuassem sem levar em consideração esse âmbito da constituição do ser humano que influencia diretamente em todas as suas atividades. Não queremos, contudo, estabelecer uma lógica que culpe os professores e pais pelas tragédias ocasionadas pela revolta e agressividade de alguns alunos que tomam atitudes extremas de violência nas escolas. Mas acreditamos que qualquer esforço na tentativa de diminuir essa realidade é importante e, por isso, buscaremos abordar o tema escolhido, fazendo a conexão entre o presente momento histórico. Durante muito tempo, os alunos com necessidades especiais, dificuldades gerais e dificuldades específicas de aprendizagem não eram tidos como motivo de preocupação e dedicação da escola que somente tinha como finalidade a classificação e seleção