probabilidade de alta no selic
Maior parte do mercado ainda crê que a taxa ficará em 7,25% até o fim do ano, mas possibilidade de reajuste vem aumentando. As declarações de ontem do presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, reforçaram entre analistas a percepção de que a probabilidade de uma elevação dos juros básicos (Selic) ainda em 2013 cresceu substancialmente.
Tombini afirmou que os ciclos monetários - ou seja, as altas e baixas da Selic - continuam valendo no País. Em outras palavras, a taxa básica será reajustada para conter a inflação se o BC entender que é preciso.
"Não há dúvidas de que a possibilidade de uma alta da Selic ocorrer ainda neste ano vem crescendo", disse o economista-chefe do Banco Fator, José Francisco de Lima Gonçalves. Isso não significa que essa eventual alta ocorreria em breve, como o próprio mercado chegou a cogitar nas últimas semanas.Outra observação importante é a de que, mesmo com esse aumento de probabilidade, a maioria dos economistas de mercado continua acreditando que a Selic não sofrerá alterações neste ano. Permanecerá no nível atual, de 7,25% ao ano. O próprio Lima Gonçalves está nesse 'time'.
"O BC poderia trazer a inflação para o centro da meta no fim do ano ou no início de 2014, mas, para isso, seria obrigado a provocar uma recessão na economia brasileira. Será que algum político está disposto a uma ação como essas?", indaga.O economista pondera que, apesar de a inflação estar forte neste início de ano (6,15% nos 12 meses encerrados em janeiro, ante um teto de meta de 6,5%), a atividade econômica permanece fraca. A expectativa é de que o Produto Interno Bruto (PIB) tenha crescido apenas 1% em 2012. O dado oficial será divulgado no próximo dia 1.º de março. O economista Fabio Silveira, da RC Consultores, concorda. "No ambiente econômico que vivemos hoje no Brasil, a única variável forte é o consumo. Se o BC acionar a taxa básica de juros, vai atingi-la em cheio", argumenta. Por isso, ele tem