Pro dia nascer feliz
INTRODUÇÃO
“Pro dia nascer feliz” (2007) levanta discussões sobre a educação de nosso País e abre espaço também aos professores para exporem suas insatisfações à escassez de recursos e falta de estrutura das escolas, bem como o desinteresse dos alunos pelos estudos.
Não podemos apontar apenas um culpado pela precariedade do ensino, um conjunto de fatores que o filme Os fatores são: problemas estruturais da educação pública envolvem a gestão da instituição; despreparo dos professores frente às práticas educacionais; a falta de assistência ao aluno; o pouco investimento.
Para mim, sem dúvida, o causador de todos os males é a sociedade. A escola está na sociedade, os alunos, os professores, vivem nessa mesma sociedade. Hoje em dia não acho mais possível dizer que o problema é que os alunos não têm interesse, ou que os professores não os estimulam. Acredito em um conjunto de fatores, arquitetura das escolas, as grades em todos os lados, o sinal barulhento, as provas externas que querem avaliar todas as escolas com o mesmo parâmetro, enfim, são coisas que não são decididas pela própria escola e sem dúvida influenciam negativamente tanto alunos quanto professores. A escola pública precisa mudar o projeto político pedagógico para se tornar uma escola mais humana.
No inicio, o nome do filme já desperta um interesse, acreditei que fosse encontrar algo sobre o cantor Cazuza, mas não, me deparei com um excelente documentário realizado pelo cineasta João Jardim em 2006 que trata da relação dos adolescentes com a escola e o cotidiano escolar. O diretor destaca enumeras questões educacionais: deficiência do ensino que não garante que os alunos saibam ler, compreender o texto e escrever, instalações precárias e pouco atraentes, falta de professores motivados, injustiças sociais, regionais, mudanças do comportamento dos jovens e seus anseios, estratificação crescente de uma sociedade na qual os mais privilegiados reforçam cada