Privatização da embratel
No esforço com que se preparou para a privatização, a Embratel desenvolveu uma atuação que resultou em um desempenho financeiro além do esperado em 1997, cujo ponto alto foi um lucro líquido de R$ 508 milhões, superando em 25% o ano anterior que já havia assinalado um recorde no histórico da empresa (Relatório Anual, 1997).
Esta melhora no quadro financeiro da empresa deveu-se ao aumento do tráfego dos serviços de telefonia, dados e internet, cuja receita cresceu 110% em 1997. Isto ocorreu porque a Embratel colocou em prática preços mais atraentes e fez a demanda aumentar em todos os segmentos e aliado à redução do quadro de pessoal, permitiu que a empresa figurasse entre as mais competitivas do mercado.
Nestes últimos anos antes da privatização, houve recuperação da rentabilidade do capital próprio – lucro líquido sobre patrimônio líquido – que se situou em 9,2% em 1997, frente a 8,8% que figurou 1996. Outros indicadores econômicos que apresentaram melhor desempenho no exercício de 1997 foram: margem de lucro – lucro líquido sobre receita líquida – de 23,5% (21,4% em 1996); giro do ativo – receita líquida sobre ativo total de 29,8% (27,8% em 1996); e alavancagem financeira – ativo total sobre patrimônio líquido – de 131,7% (130,2% em 1996).
O fluxo financeiro da empresa em 1997 apresentou uma situação confortável durante todo o período. Os índices de liquidez corrente e liquidez geral foram 1,43 e 0,95, respectivamente. O grau de endividamento geral foi de
7729,9%, índice bem inferior ao atingido por outras empresas internacionais de telecomunicações. Com a privatização concretizada, a receita líquida da Embratel, em 1998, foi de R$ 4 bilhões, representando um aumento de 85% sobre a receita de 1997. Por sua vez, o lucro líquido foi de R$ 124 milhões. Já em 1999, o lucro líquido teve um aumento de 233%, totalizando R$ 412 milhões. Este aumento ocorreu devido a subida da receita líquida para R$ 5 bilhões, a um menor custo de interconexão