Private equity, venture capital
A atuação dos investidores financeiros como financiadores de empresas vem crescendo no Brasil. Os private equity, que são um tipo de fundo que compra participações em empresas, são um exemplo. Este ano, eles participaram em 41% das fusões e aquisições que acontecem no País até agosto. Além deles, duas outras modalidades de investidores ajudam empresários a ganhar força, o capital semente (ou “seed capital”) e o “venture capital”.
Nas três modalidades, além do aporte financeiro, os investidores ajudam os empreendedores na profissionalização da gestão do negócio. A principal diferença entre elas é o momento em que o aporte é feito na empresa. Veja as características de cada uma:
Capital semente: é o investimento feito na fase inicial do novo negócio. Muitas vezes, são ainda ideias ou projetos no papel, e os recursos ajudam o empresário a dar os primeiros passos. Na outra ponta, estão pessoas ou instituições que buscam altos retornos e estão dispostas a correr altos riscos. De preferência, buscam empresas inovadoras e de base tecnológica.
O fundo HorizonTI, da Confrapar, uma das principais administradoras brasileiras de capital semente, é um exemplo. Segundo Rodrigo Esteves, diretor financeiro da empresa, o primeiro trabalho dos gestores do fundo é selecionar os projetos que vão receber os aportes. Essa é a fase de prospecção de ideias e análise. São avaliados, por exemplo, as oportunidades do mercado, os produtos e serviços propostos, a equipe envolvida, a estratégia de atuação e o modelo de negócios.
De cada mil projetos analisados, cerca de dez são selecionados para a segunda etapa, que será a apresentação da empresa ao comitê de investimento do fundo. Após análises, o grupo aprovará ou não o investimento. Em seguida, durante dois a três meses, os empreendedores se reúnem com os membros dos fundos para negociar a participação dos novos sócios. Nesse momento, são definidos o valor da empresa, a participação do fundo, o funcionamento do