Prisão e a ágora
REFERÊNCIA
SOUZA, M. L. de. A prisão e a ágora: reflexões em torno da democratização do planejamento e da gestão das cidades. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2006, p. 454-456.
I – ANÁLISE TEXTUAL
A. ESQUEMATIZAÇÃO DO TEXTO
O texto apresenta uma estrutura única de texto corrido, sem subdivisões de tópicos e 24 (vinte e quatro) parágrafos.
II – ANÁLISE TEMÁTICA
A. TEMA
Os limites da ideia de participação popular dentro do binômio “democracia representativa + capitalismo”.
B. PROBLEMA
Analisar de forma crítica como é dada a participação popular na conjuntura da democracia representativa e o sistema capitalista.
C. TESE
Se uma sociedade se apresenta sob a tutela de um aparelho estatal, a participação, mesmo que conquistada no conflito, não deixará de ser uma participação consentida e subordinada.
D. ARGUMENTAÇÃO
1. Participação nas sociedades heterônomas;
1.1. A participação equivale a acrescentar-se como parcela nas diretrizes do Estado, e não simplesmente ser parte de um todo;
1.2. A participação pode ser conseguida por meios de pressão, participação está que será subordinada.
1.3. Para Robert Michels, existe uma “lei de ferro da oligarquia” (das eherne Gesetz der Oligarchie).
1.4. Para essa “lei de ferro” o domínio de qualquer organização de massas por uma minoria será inescapável. Seria o destino de enquadramento e acomodação ao status quo dos indivíduos e organizações bem-sucedidos que manifestaram desejo de transformação social;
1.5. O autor trata essa “lei” como uma “tendência inexorável”, e exemplifica o permanente risco de cooptação estrutural por parte das instituições heterônomas;
1.6. Todas tentativas de participação popular que confrontem instituições e o imaginário heterônomo estará em um ambiente hostil.