Princípios de Harmonia
Condução de vozes Na condução de vozes, Schoenberg aconselha para que as vozes (baixo, tenor, contralto e soprano) não se movam mais do que o necessário. Evitam-se, portanto, grandes saltos e, se dois acordes possuem uma nota em comum, ela deverá, se possível, permanecer na mesma voz.
Dissonâncias e seu tratamento Segundo o autor, as dissonâncias devem ter um tratamento especial. Em um acorde de sétima, por exemplo, geralmente a dissonância desce um grau, para virar a terça ou quinta do próximo acorde, ou ela permanece ligada para se tornar sua oitava.
Vozes externas Schoenberg considera muito importante a construção das duas vozes externas (baixo e soprano). Devem-se evitar saltos tradicionalmente chamados de não-melódicos. Estas duas vozes deve possuir a maior variedade possível sem, porém, violar as regras de condução de vozes. As inversões de acordes devem ser utilizadas, para que a linha do baixo fique mais rica melodicamente.
Progressões fundamentais Schoenberg aponta três espécies de progressões fundamentais:
1. Progressões fortes ou ascendentes:
a. Uma quarta acima ou uma quinta abaixo
b. Uma terça abaixo
2. Progressões descendentes:
a. Uma quarta abaixo
b. Uma terça acima
3. Progressões superfortes:
a. Um grau acima
b. Um grau abaixo
As progressões ascendentes podem ser usadas livremente, mas deve-se evitar o uso excessivo delas para não causar monotonia. As progressões descendentes são mais adequadas em combinações de três acordes, tais como I-V-VI ou I-III-VI, que resultam em uma progressão forte. As progressões superfortes, por sua vez, aparecem geralmente sob a forma de progressões de engano.
A tonalidade menor As duas formas