Princípios de didática
18-05-2012
Sandra Rodrigues
Com a revolução de Abril de 1974, o Sistema Educativo Português alargou o período de escolaridade obrigatória de 6 para 9 anos promovendo assim o princípio da igualdade de oportunidades de acesso e de sucesso escolares. (Leite, 2005) Deste modo, as escolas portuguesas começaram a conviver com uma realidade que lhes era até então de certo modo desconhecida. “Nas salas de aula o professor depara-se com grupos de alunos muito heterogéneos.”
Apesar das mudanças ocorridas nos cenários da população residente em Portugal no final desses anos 70 (séc. XX), foi no final do séc. XX que a esta diversidade de origem da população - constituída por luso-africanos e novos-lusos africanos e as comunidades de etnia cigana, presentes em Portugal desde há séculos - veio juntar-se um número elevado de imigrantes de países de Leste Europeu (Ucrânia, Roménia, Rússia e Moldávia) e do Brasil.
Em consequência, o processo educativo torna-se mais complexo, exigindo da parte do professor novas competências profissionais.
O modelo expositivo é especialmente adepto da transmissão de informação nova aos alunos e de os ajudar a reter essa mesma informação. A planificação e a gestão do espaço e do tempo são importantes numa aula expositiva, é importante que os professores adaptem as suas exposições por forma a irem ao encontro das diferentes necessidades dos alunos das suas turmas.
De acordo com Ausubel as representações da experiência vivida são organizadas mentalmente numa estrutura hierárquica de conceitos e relações entre conceitos.
Esta forma de ver a organização mental do conhecimento pressupõe que se deve partir do conhecimento prévio, aquilo que o aluno já sabe sobre o tema em análise, para que a aprendizagem de um novo conhecimento, tendo a que se ligar, possa ser duradoira e significativa. Esta ligação entre o conhecimento prévio e o novo é aquilo que permite a aprendizagem significativa e a mudança da