principios e convenções contábeis geralmente aceitos
GRAFITE: A LEITURA DOS MUROS
Thais Maia dos Santos1
Graduando do curso de Letras Vernáculas- UFBA. Email: nofinaldoarcoiris@hotmail.com
Palavras-chave: grafite, muros, publico- privado, espaço urbano, identidade cultural.
INTRODUÇÃO
1. Descrição do gênero
“O grafite aparece no cenário contemporâneo como uma nova experiência de linguagem”. Pode-se confirmar esta constatação por sua materialização enquanto escrita e também pelo seu caráter dialógico como intenção comunicativa e expressiva entre sujeitos.
A linguagem não pode ser desvinculada das conjunturas em que é produzida.
O outro ponto foca a observação da linguagem como um fator social, com sujeitos de produção e recepção inseridos em determinado contexto social e pertencentes a problemáticas históricas comuns. Assim, a linguagem do grafite “conecta-se ao modo como o espaço de significação se organiza”. (ORLANDI 2004). (p.1)
“As inscrições são feitas em sua maioria com latas de spray e usando como suporte as paredes da cidade.
Há uma diferenciação dentro do gênero no que diz respeito a distintas formas de sua inscrição. A pichação tem como característica letras quase que ilegíveis, com muitos símbolos indecifráveis, considerada, muitas vezes, como poluição visual, sujeira e ato de vandalismo. Orlandi” (2004) (p.2)
“A distinção entre a prática do grafite e a pichação é bem elucidada nas palavras de um grafiteiro”.(p.2)
“Uma é adrenalina só pra se amostrar, afirmar o indivíduo; o outro é social, tem mensagem, é arte" (ORLANDI, 2004).(p. 2)
A pichação é o primeiro passo para sair do silêncio social, enquanto o grafite já tem a intenção de comunicação com o outro.” (p.2)
“Pensar o grafite como escrita inserido no contexto da cidade, o direciona como escrita urbana, que também pode ser considerado como um ícone, do qual se observa a duração precária e instável, a fuga a norma padrão e uma aproximação com a linguagem coloquial.”(p.2)
2. Breve histórico