PRINCIPIOS CONTABEIS
Entidade
Define que o patrimônio deve revestir-se do atributo de autonomia em relação a todos os outros patrimônios existentes. Em função disso, o patrimônio dos sócios que constituíram a entidade não se confunde com o daquele que a criou. A entidade poderá ser uma ou mais pessoas físicas, ou qualquer tipo de pessoa jurídica.
Dessa forma, o conceito de entidade contábil engloba uma entidade, uma divisão ou setor de uma entidade ou um grupo de entidades, a exemplo de demonstrações contábeis consolidadas. Enfim, o conceito de controle é mais importante para a contabilidade do que a caracterização jurídica da entidade.
Continuidade
O Princípio da Continuidade determina que o patrimônio da entidade, em sua composição qualitativa e quantitativa, depende das condições em que provavelmente se desenvolverão as operações da entidade. A suspensão de suas atividades pode provocar efeitos na utilidade de determinados ativos, com a perda, até mesmo integral, de seu valor. Além disso, a queda do nível de ocupação também pode provocar efeitos semelhantes.
Alguns estudiosos, a exemplo de Hendriksen e Iudícibus, entendem que o princípio da continuidade estabelece que as entidades, para fins contábeis, são consideradas empreendimentos em andamento, até circunstância que evidencie o contrário e seus ativos devem ser avaliados de acordo com os potenciais benéficos futuros que na continuidade das operações serão capazes de gerar e não pelo valor que se poderia obter através de sua venda no estado em que se encontra, fato este que só se justificaria caso a empresa estivesse em processo de descontinuidade. Dessa forma, os ativos devem ser avaliados a valores de entrada.
Cabe destacar que os princípios da entidade e da continuidade também são teoricamente definidos como postulados da Contabilidade, pois representam precondições imperativas que condicionam os demais princípios, que por sua vez, são delimitados pelas convenções(normas);