Principais atropatias dos membros pélvicos em pequenos animais

1.4 LUXAÇÃO PATELAR
A instabilidade femoro-patelar indutora da luxação de patela representa uma causa comum na claudicação em cães, podendo ser desde completa irredutível e claudicação grave, até instabilidade branda sem sinais clínicos associados. A luxação pode ser lateral, medial ou proximal de etiologia traumática ou evolutiva (VASSEUR, 2007).
Porém, segundo Souza (2009) a etiologia não está totalmente esclarecida, sendo que na maioria dos casos a lesão é considerada congênita ou de desenvolvimento. A presença de abrasões, fraturas, pode indicar uma causa traumática.
A luxação medial é uma afecção que ocorre especialmente em cães das raças toy e miniaturas, com maior prevalência em Poodles, Pinschers e Yorkshires (SOUZA et al, 2009). Porém, a luxação lateral da patela raramente ocorre em cães de raça pequena, podendo ocasionar claudicação aguda e dolorosa. Esse tipo de luxação faz parte de grave deformidade do membro em cães de raças grandes e gigantes (VASSEUR, 2007)
Segundo Vasseur (2007), os sinais clínicos associados à luxação patelar medial congênita ou evolutiva variam com o grau ou classificação da luxação.
Os sinais clínicos variam com o grau de luxação, sendo os graus 1 e 4, respectivamente, o mais leve e o mais severo, ainda incluem claudicação intermitente ou consistente, defeitos conformacionais, dor e relutância em se mover (SOUZA et al, 2009).
A tabela abaixo demonstra a classificação de Singleton, segundo Vasseur (2007):

Tabela 1. Sistema de Classificação para a Luxação Medial da Patela.
Grau I
A patela pode sofrer luxação medial quando a articulação do joelho é mantida em completa extensão. Não há qualquer sinal de crepitação ou deformidade óssea. Não há sinais clínicos, ou sua ocorrência é pouco frequente.
Grau II
Ocorre luxação espontânea, acompanhada por sinais clínicos de claudicação indolor e saltitante. Há o desenvolvimento de deformidades brandas, que consistem na rotação interna da tíbia e abdução do tarso. Essa condição